Prefeito Airton anuncia em vídeo que emergência segue funcionando: “Não fechamos nada”
- CMG NEWS

- 6 de jun.
- 2 min de leitura

Na quinta-feira (5), por volta das 18h10, o prefeito Airton Souza publicou um vídeo Reel em seu Instagram com um pronunciamento onde afirmou, direto da sede da Prefeitura, que “a Prefeitura de Canoas NÃO fechou a emergência. O atendimento de saúde à população está mantido!”
Foi nesse contexto que ele também afirmou que a gestão municipal assumirá o pagamento das rescisões dos funcionários desligados, caso o IAHCS não o faça em até 30 dias.
Por que houve o rompimento?
O termo de colaboração entre a Prefeitura e o IAHCS, responsável pela administração da emergência do HPSC no Hospital Nossa Senhora das Graças (“Gracinha”), venceu em 27 de março e não foi renovado
A saída foi motivada pela deterioração na relação com o instituto após esse prazo.
Demissões:
Aproximadamente 600 profissionais — entre administrativos, técnicos em enfermagem e 75 médicos — foram desligados na noite da quarta-feira, após a repercussão do acordo.
Muitos só receberam a notícia por meio de uma mensagem via WhatsApp, justamente no início de seu plantão noturno.
Continuidade do atendimento
A equipe do Hospital Nossa Senhora das Graças já está à frente dos atendimentos de emergência e urgência, com número suficiente de profissionais, mesmo que parte dos demitidos fosse da área administrativa.
No entanto, relatos iniciais apontam ausência de traumatologistas e desafios no setor de recepção, indicando momentos de lentidão no atendimento.
⚠️ Reações de entidades
O Cremers e o Simers já acionaram o Ministério Público e pedem uma intervenção estadual na rede de saúde de Canoas, apontando possível colapso no atendimento — especialmente na traumatologia.
Está marcada uma audiência de conciliação para sexta-feira (6), com presença do MP, Prefeitura, Secretaria Estadual de Saúde e Simers.
Contexto da crise
O HPSC atende cerca de 150 municípios e chega a superar os 2 milhões de pacientes, sendo referência regional. Desde a enchente de maio de 2024, funciona no Gracinha — retorno ao prédio original previsto somente para janeiro de 2026 —, em razão de atrasos e retenções de verba. A sobrecarga assistencial, agravada por síndromes respiratórias no inverno, eleva a pressão sobre o sistema de saúde da cidade.
A transição, apesar de afirmadamente pacífica, trouxe tensão: demissões em massa, críticas de entidades e relatos de caos operacional. E, com a pressão de autoridades médicas, a atenção segue voltada às próximas decisões judiciais e gestões estruturais da saúde no município.



Comentários